Faz quase 50 dias que a vida ganhou um novo ritmo, mais lento apesar de, às vezes, parecer frenético.
O fato é que a chegada de um bebê dá ao tempo uma outra definição, não mais rígida e marcada pelos ponteiros de um relógio, mas uma ideia de tempo vivido numa dimensão mais visceral.
Os tempos hoje são os de comer, dormir, refrescar, esvaziar. Não existem mais minutos e horas, mas choros, olhinhos se fechando, barrigas roncando.
Reaprender a viver o tempo nessa outra dimensão é um dos desafios do pós-parto. Desconectar-se do mundo exterior, reduzir o ritmo, respirar mais profundamente, olhar pra dentro e enxergar o que a alma quer dizer é um processo estranho à maioria de nós, difícil pra quase todas, mas encantador em seus resultados.
Redescobrir a beleza das ações mais instintivas como comer e dormir, conectar-me com minhas crias e comigo mesma, ter o cuidado dos meus pais e do meu esposo me permite caminhar no Passo dos meninos, dos meus meninos…
Muito bom.Bem isso mesmo.
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