Ok, então você descobre que tá grávida, pula de alegria (ou não) e a primeira coisa que começa a pesquisar na internet são nomes, decoração do quarto e listas de enxoval.
Então deixa eu te dar um conselho de amiga: tudo isso é bacana, faz parte do sonho da maternidade e é muito gostoso de planejar, mas existem algumas coisas muito, mas muito importantes que ninguém te conta que precisam ser planejadas e que fazem MUITA falta. Uma delas são as redes de apoio para o pré-parto, parto e puerpério. Vou começar ao contrário, porque foi o tema que me inspirou a escrever: puerpério.
Puerpério é o nome dado ao estado da mulher imediatamente após o parto e se estende por um período indeterminado entre 40 e 90 dias, ou mais.
Fisicamente, é o momento em que o corpo, antes grávido, retorna ao seu estado não grávido. O útero contrai e vai voltando ao tamanho normal, há secreção de sangue, o leite desce, as mamas experimentam aquele estado super distendido e é o período de maior incidência de mastite ou fissura dos mamilos causados por pega errada na amamentação.
Psicologicamente, é a fase em que a mãe vive o luto da barriga e começa a experimentar uma espécie de fusão emocional com o bebê. Mãe e filho são um só é isso dura por meses. Há uma descarga gigantesca de hormônios, o que explica certa variação de humor, mas também ajuda a mãe a lidar com a privação do sono e entrar numa vibe diferente com o recém-nascido.
Nesse período de transformações tão intensas, a mãe não precisa de quem cuide do bebê, como uma técnica de enfermagem ou uma babá, porque tudo o que esse bebê precisa é da mãe e ela dele. Lembre-se de que existe uma fusão/ligação emocional entre eles. E se ocupar do bebê durante todo o dia não é o que cansa e desespera as mães que vivem o puerpério sozinhas. O problema está nas outras tarefas: lavar, passar, cozinhar, arrumar a casa, fazer sala para as visitas, etc. Uma rede de apoio servirá para socorrer a mãe nessas atividades, permitindo que ela direcione sua energia e seu tempo para o bebê.